Bloqueio facetário ou bloqueio do ramo medial
O bloqueio facetário ou bloqueio do ramo medial é uma infiltração (injeção) indicada para os casos de dor cervical, dorsal e/ou lombar persistente em que não houve melhora com tratamento conservador e suspeita-se que a causa seja a inflamação ou degeneração das articulações facetárias.
O ramo medial é um ramo nervoso responsável pela inervação das articulações facetárias. Cada vértebra tem duas articulações facetárias que se localizam na parte posterior das mesmas e são responsáveis pelo direcionamento da movimentação da coluna. Este ramo tem preferencialmente uma função sensitiva em relação às articulações, ou seja, função de levar os estímulos sensitivos como dor em direção ao cérebro.
A infiltração diretamente no interior da articulação é pouco utilizada, pois existe um espaço muito pequeno para a entrada da agulha e a dispersão do medicamento, logo o bloqueio do ramo medial é o mais utilizado.
Em geral, o bloqueio é feito com o uso de anestésico local de longa duração (ex: bupivacaína), porém, em alguns casos, pode-se usar em conjunto com algum tipo de corticoide (anti-inflamatório hormonal) como depomedrol.
O bloqueio é realizado com anestesia tipo sedação leve, o que proporciona conforto para o paciente, além disso, é necessário o uso do USG ou da Radioscopia (aparelho de raio-x com visualização direta) para localização do ponto correto do bloqueio. Na Reviva (nossa clínica), temos centro cirúrgico próprio com USG e radioscopia de última geração para podermos fazer os procedimentos com segurança e eficácia.
O bloqueio em geral tem maior eficácia nos casos em que há artrose facetária, que é uma condição degenerativa das articulações. Em alguns casos, o bloqueio pode levar à melhora da dor por vários meses em conjunto com a reabilitação adequada. Porém, em outros, a dor pode retornar, sendo necessária a realização de uma rizotomia percutânea de facetas.
O bloqueio foraminal ou bloqueio da raiz lombar
O plexo lombar é formado pelos nervos que saem dos forames das cinco últimas vértebras da coluna lombar e irão, em última análise, formar o nervo ciático, entre outros.
Os nervos lombares ou raízes lombares podem ser comprimidos por hérnias de disco, ou pela chamada estenose foraminal, que é o estreitamento do canal da saída do nervo (forame). Nestas condições, o paciente pode sofrer de dores importantes nos membros inferiores, a chamada ciática. A depender do trajeto da dor nas pernas, é feita a hipótese de compressão de um determinado nervo.
Este tipo de bloqueio deve ser realizado em centro cirúrgico com o paciente em sedação e sob o auxílio da radioscopia (aparelho de raio-x). O procedimento dura em torno de 10 minutos e, em geral, é usado uma solução de lidocaína ou bupivacaína associada a algum corticoide. Na Reviva (nossa clínica), temos centro cirúrgico próprio com USG e radioscopia de última geração para podermos fazer os procedimentos com segurança e eficácia.
Os bloqueios têm eficácia variada, logo podem melhorar totalmente ou parcialmente a dor do paciente, a depender do quadro clínico. Além disso, são muito úteis naqueles pacientes em que existe alguma dúvida no diagnóstico, por exemplo, nos casos em que se verificam múltiplos possíveis pontos de compressão, qual deles seria o sintomático.
Bloqueio do hiato sacral
O Bloqueio Hiato Sacral consiste em uma infiltração nas raízes lombares através de um orifício na região final do sacro conhecido como hiato sacral. Através desta infiltração, é possível levar medicamentos para as raízes sacrais (S1, S2, S3), além das raízes lombares L4 e L5.
Este tipo de bloqueio ou infiltração pode ser usado em casos de lombalgia persistente, dor sacroilíaca, estenoses lombares foraminais ou centrais, e para tratamento de fibrose epidural pós-cirúrgica.
Além disso, pode ser usado em conjunto com outros tipos de bloqueios, como os foraminais ou os facetários.
Este tipo de bloqueio deve ser realizado em centro cirúrgico com o paciente em sedação e sob o auxílio da radioscopia (aparelho de raio-x). O procedimento dura em torno de 10 minutos e, em geral, é usada uma solução de lidocaína ou bupivacaína associada a algum corticoide. Na Reviva (nossa clínica), temos centro cirúrgico próprio com USG e radioscopia de última geração para podermos fazer os procedimentos com segurança e eficácia.
Sobre o Profissional
Dr. Ivan Dias da Rocha
Ortopedia e Cirurgia da Coluna | CRM-SP 108277 RQE: 102191
Graduado em medicina pela USP São Paulo, Dr. Ivan fez residência médica e especialização em cirurgia da coluna no Hospital das Clínicas (Instituto de Ortopedia).
Possui mestrado com ênfase no tratamento de dor pela mesma instituição e fez mais de 20 cursos fora do país relacionados à área de cirurgia de coluna.
Além disso, é pós-graduado em dor no Hospital Albert Einstein e fez curso de intervenções guiadas por ultrassom também no Hospital das Clínicas.
Atualmente está fazendo pós-graduação em medicina regenerativa na Orthogen e atua como médico do grupo de coluna do Hospital das Clínicas.